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Posso confessar uma coisa?
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Quatro anos de felicidade!!!




sexta-feira, 17 de abril de 2009

Diario de uma viajante - parte 9

Segunda – feira, 15 de dezembro
2°dia de aula
Orientação

Você já se sentiu como se todos estivessem fazendo um complô para não sentarem perto de você? Pois eu estou vendo isso acontecer agora. Todos que passam pela porta me olham e mudam de direção. Será que ninguém percebe que isso é totalmente difícil para mim?
Para tudo!!!
Alguém sentou do meu lado. Dá para acreditar?
“Meu nome é Gabriela” ela falou comigo!
“Briana”
“Senhorita Massot (eu) e senhorita Mognalia escola não é lugar de conversa” essa ai foi a senhora das narinas grandes.
Essa senhora só pega no pé de quem não faz nada (literalmente). Tem gente que fala a aula toda, todos os dias e ela nunca fala nada. Agora quando eu abro a boca, ela me repreende. Não entendo esse sistema. Mas o que importa no momento é que alguém tomou coragem e falou comigo. Até agora a pouco eu estava me sentindo um e.t igual ao meu irmão.
Gabriela é do tipo CDF da sala. Temos algo em comum (não é a inteligência, pois de acordo com o meu teste de QI posso ser comparada a um animal, e não estou brincando). Ninguém fala com a gente, descentemente. É claro.
Você devia vê-lá. Foi a primeira vez que vi alguém que reformou por inteiro o uniforme cafona desta escola. E ainda ela é vegetariana. Dá para acreditar?

Segunda – feira, almoço
Minha casa


Resolvi ir almoçar em casa. Afinal esqueci o meu dinheiro.
Quando eu entrei jurei que estava ouvindo alguém chorar. Meu pai passou por mim sem dizer absolutamente nada e foi embora. Encontrei minha ame na cozinha, pálida e com os olhos vermelhos. Eu não a via desde a noite passada quando ela saiu com o meu pai para jantar.
“Tudo bem?” perguntei querendo ouvir uma resposta concreta, não aquelas respostas de mãe.
“Não foi nada, não. Eu estava apenas picando cebola.” O que foi que eu disse? E nem havia cebola no que ela estava fazendo.
“Porque papai saiu daquele jeito?” será que agora ela podia me responder direito para varia?
“Coisas do trabalho. Cuide de sua vida Bri.” Não ela, não podia me responder direito. Oh meu pai! Porque é tão difícil receber uma resposta aqui em casa? Deixemos isso quieto.
Enquanto almoçávamos eu contei a ela sobre Gabriela. Me pareceu que sua cara havia mudado e que o choro virara pó. Ela até riu quando eu disse que me sentia como um e.t naquela sala de orientação.
Antes que eu saísse ela me chamou e me abraçou. Achei isso muito esquisito, ela não é disso. O pior foi que ela começou a chorar, mas não quis dizer o por que. Apenas disse que quando chegasse a hora certa eu seria a primeira a ficar sabendo.
Só espero que eles não pretendam fazer como o resto do mundo que na meia idade resolve arranjar um bebê para os irmãos mais velhos cuidarem.
Tenho um exemplo vivo disso:
Luisa.

1 medos:

Natália Mylonas disse...

Legal o "conto" .
Continua tááá ??

Primeira vez aqui, vi seu link no BK !
Se quiser passa la no meu.
Beijoos =)