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Posso confessar uma coisa?
Amo todos vocês que leem, que acompanham meu blog e que o seguem.
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Quatro anos de felicidade!!!




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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Em pleno mar

- Duda, o que aconteceu? – perguntou Miguel quando desci da lancha.
Foi aí que lembrei. Meus pulmões estavam sem ar. Estava afundando como uma pedra. Quanto mais eu lutava para voltar à superfície, mais meu corpo afundava. O desespero tomou conta de mim, eu morreria.
Abri os olhos me vendo na escuridão e a cima de mim percebi ondulações e um pequeno fio de luz, que de repente foi tomado por uma explosão de bolhas com algo que caiu ao meu lado.
Senti minha mão ser puxada com força em direção ao fio de luz. No minuto seguinte estava ofegando e minha cabeça doía com a rapidez que o ar entrava em meus pulmões novamente.
Meu corpo estava deitado, mas inda sentia o ritmo das ondas e a minha frente um rosto angelical que sorria cobrindo o sol com seu corpo inclinado sobre o meu e seu olhar fixado no meu, que me fazia sentir tranqüila enquanto a água de seu cabelo encaracolado pingava em minha testa. Não parecia aquele ‘santinho’ que tinha destruído.
Mas era ele. Eduardo.
Eu estava viva ou estava morta?
- Você está bem? – pude escutar Eduardo perguntar enquanto cuspia a água em minha boca.
- Você me salvou. – balbuciei.
Olhei ao meu redor vendo ao longe a praia onde eu estivera e a lancha onde agora estávamos. Nada mais que isso.
- Como cheguei aqui?
- As ondas te puxaram. – respondeu ele seco em dando as costas para se sentar atrás do volante. – Preciso te levar de volta.
Segurei sua mão antes que pudesse se sentar. Não fazia sentido. Como ele sabia que eu estava exatamente ali? Fazia muito tempo que eu não o via, mas seus olhos continuavam do mesmo jeito ao me olhar.
- Por quê? – questionei
- Você queria que eu te deixasse morrer?
- Não, mas você me salvou mesmo depois do que te fiz.
Ele arqueou uma das sobrancelhas como se não soubesse do que eu falava. Mas eu tinha certeza de que ela se lembrava da noite em que o ridicularizei durante a festa da escola.
- O pateta do seu namorado deve estar preocupado com você. – disse ele se desvencilhando – Sente-se Duda, por favor.
- Não! – bradei – Não antes de você me dizer por quê.
- Você quer que eu diga o quê? – questionou ele me segurando pelos ombros.
Quando aqueles olhos verdes me encararam, a tranqüilidade sumiu, a ansiedade me tomou conta como se eu precisa-se dele para me sentir bem, como se eu nunca tivesse dito que ele é um retardado mental durante a festa da escola.
- Que você me diga a verdade. – murmurei – Porque você me salvou.
- Porque eu te amo! – gritou ele levantando os braços – E você sabe disso desde que disse que eu era um retardado mental na frente de toda a escola.
Foi então que ele me beijou. De um jeito que ninguém jamais havia feito. De um jeito que não queria que mudasse nunca.
- Nada. – respondi Miguel abraçando-o.

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Não lembro se já postei esse texto aqui. Mas é da epoca que eu fazia parte do Remember the Sunshine.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Entre pingos de chuva.


Quase não podia ver a estrada no meio da chuva. Para ajudar o desembaçador havia quebrado, o pára-brisa enferrujou. Mesmo sentada no banco do passageiro, o nervosismo fazia meu coração palpitar e minhas mãos suarem enquanto Erick cantarolava uma música sem se preocupar.Fico me perguntaando se ele sabe o que está fazendo.Por um instante ele me olhou sorrindo e passou seus dedos pelos cachos do meu cabelo, me arrepiando.
Não havia outro carro na estrada do penhasco pelo que parecia, apenas nós.Os faróis do carro conseguiam iluminar logo a nossa frente uma árvore no acostamento. Um velho carvalho. Era a única coisa que podia ver sobre a chuva.Foi então que Erick parou o carro ao lado da árvore no acostamento e ligou o rádio, girando o botão em busca de uma estação que pegasse. Quando finalmente sintonizou uma estação com uma música romântica, ele fez um bico e saiu do carro na chuva.Por um instante achei que havia algo errado com o carro, mas ele abriu a minha porta estendendo a mão para mim.
- Me concede esta dança? – perguntou.
- Você ficou louco? – questionei encarando-o.
- Está uma noite linda. – zombou ele segurando a minha mão – Mas, pode ficar melhor.
Ele ficou ali parado me olhando enquanto descia do carro sentindo a chuva fria cair sobre minha cabeça, ensopando o meu vestido novo. Minhas mãos tremiam entrelaçadas nas nele. Me aproximei me sentindo mais corajosa.
Soltei o ar dos meus pulmões sendo hipnotizada pelos olhos verdes dele.Nesse momento Erick curvou a cabeça diminuindo ainda mais a distância entre nós e me beijou.
O primeiro beijo. Impecável. Realmente destemido.
- Acho que me apaixoneu por você. - murmurou ele segurando meu rosto
- Agora, não tem como a noite ficar melhor. - respondi acariciando seu rosto sorrindo, me esquecendo por completo da chuva.
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E aí pessoal o que você acham de mudar?
Quero dizer, até uns tempos atras eu constumava a falar sobre (quase)tudo por aqui e agora só aparecem contos a cada post.
O que vocês acham de voltar a forma original?
Quem for a favor diga sim na enquete ao lado.