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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Diario de uma viajante - parte 14

Sábado, 20 de dezembro
Hospital Geral Clínico do Interiorrrr

Pelo incrível que pareça, tive que passar a metade do meu dia de sábado na minha escola. Tudo pela integra do trabalho de Espanhol. A única coisa boa disso é que eu consegui tirar um nove nele. E para melhor a dona que gospe na aula de orientação não veio. Muita coisa boa para um dia só. Alguma coisa devia estar errada. Comprovei isso quando vi a nota da Gabi, 8 ½. Menos que a minha nota. Ela nem ligou.
Depois que finalmente saímos da escola senti uma incontrolável vontade de tomar sorvete na sorveteria da skina. Minha mãe me mataria se soubesse que eu tomei sorvete antes do almoço. Ela detesta que eu faça isso. Mas quem contaria para ela? A Gabi nunca contaria.
Hoje sendo meu aniversario, haveria um jantar em casa e a Gabi depois de ir para casa e se trocar iria lá. Tentei de tudo que é maneira possível descobrir o que ela ia me dar. Mas ela não disse nada.
Passamos na sorveteria da skina e comprei um Sunday enorme de pistache. A Gabi se contentou um picolé. Consultei meu relógio e eu estava atrasada de novo para o almoço.
Me despedi da Gabi e atravessei a rua. Bom, eu acho que atravessei a rua. Na hora que coloquei o pé na rua, senti uma dor latejante no braço que segurava o sorvete, um frio no fio e ouvi um barulho forte de carro freando. Daí não me lembro de mais nada. Ta, lembrar eu lembro, mas só de um rosto de um cara que gritava. E foi só.
Alguém já ouviu aquela música do Jessé McCartney, Best Day of my life? Não?

Jesse McCartney - Best Day Of My Life
Acordei mais ou menos ás dez e meia
Não acredito que estou atrasado de novo
Tomei uma garrafa de café
Para começar meu pulso e então
Eu recolhi meu jeans do chão
Então fechei a porta
É apenas o mesmo de sempre
Isso serve para mostrar que você nunca sabe
Quando tudo está para mudar
Apenas outro dia
Que começou como qualquer outro
Apenas outra garota
Que me tirou o fôlego
Então ela se virou
E me deixou babando
Apenas outro dia que eu
Tive o melhor dia da minha vida
Não consigo explicar exatamente o que foi aquilo
Ela não é do tipo comum
Ela usava um chapéu de cowboy
Com suas botas P
rada vermelhas
E um sorrido de Gwen Stefani no rosto
Então ela pegou uma caneta
E me surpreendeu quando
Ela escreveu seu telefone na minha mão
Entã ela se foi...
Mas de agora em diante
Eu serei outro homem
Isso serve para mostrar
Que você realmente nunca sabe
Quando tudo está para mudar

Meu dia poderia ter sido assim se eu pudesse lembrar do rosto do cara.
Mas ele foi mais ou menos assim:
Jesse McCartney - worse Day Of My Life
Versão Briana
Acordei mais ou menos ás sete e meia
Não acredito que estou atrasada de novo

Tomei uma garrafa de suco
Para começar meu inferno e então
Eu recolhi minha bolsa do sofá
Então passei pela porta
É apenas o mesmo de sempre
Is
so serve para mostrar que você nuncasabe
Quando tudo está para mudar
Apenas outro dia
Que começou como qualquer outro
Apenas outro atropelamento
Que quebrou meu braço
Então ele apareceu
E me deixou desacordada
Apenas outro dia que eu
Tive o pior dia da minha vida
Não consigo explicar exatamente o que foi aquilo
O carro não era do tipo comumE
le usava um jeans surrado
Com uma camisa regata branca
E um medo de Orlando Bloon no rosto
Então ela pegou o celular
E me surpreendeu quando
Ele ligou para o hospital
Então ele se foi...
Mas de agora em diante
Eu serei outra mulherI
sso serve para mostrar
Que você realmente nunca sabe
Quando tudo está para piorar

Pronto, acabei me ferrando legal.Acordei no hospital. Num quarto muito abafado e com aquelas camisolas horrível furadas atrás. Prefiro nem saber quem Fo que me trocou. Assim que abri meus olhos, demorei para perceber o que aconteceu, e fiquei ainda mais assustada quando vi uma cara sentado ao lado da minha cama me olhando. Ele levantou bem rápido quando me viu acordar.
“Quem é você?” – eu tentei ser o mais normal possível, mas eu gritei ao em vez de falar.
“Calma! Por favor, calma!” – foi isso que ele disse e ficou quieto como se eu fosse adivinhar o que aconteceu.Olhei bem na cara dele e percebi que ele estava tão assustado quanto eu. Apesar de eu não saber quem ele era, eu podia saber que a música só errou o nome. Tentei me levantar usando o meu braço direito, nem devia ter tentado. Uma dor terrível tomou conta dele e ai eu percebi que ele estava engessado.O cara correu para me ajudar a se sentar mesmo eu querendo me levantar!
“Melhor você não se esforçar” – pediu ele com aquela cara horrível de culpa – “Você ainda esta meio debilitada pelo o que aconteceu”
Eu estava dolorida, com um cara que eu nunca que eu nunca vi na vida me olhando e ainda por cima usava uma camisola ridícula. Minha paciência esgotou.
“Quem é você!” – dessa vez eu berrei – “O que eu to fazendo aqui?”
Ele ficou me olhando como se eu fosse uma débil mental. E eu ainda por cima me sentia assim.
“Você não sabe?”
“Se eu to perguntando” – juro que tentei ser o mais normal desta vez
“Eu atropelei você, quando você se despedia da sua amiga” – parecia que ele falava grego
“atropelada” – sussurrei – “Esse é o pior dia da minha vida!”
Olhei para os lados e vi que não havia banheiro ali. Ai eu me desesperei. Como um quarto de hospital não tem banheiro? Deviam ter me trazido para o pior hospital da cidade.
“Onde estão minhas roupas?” – perguntei olhando para os lados
“Uma enfermeira colocou-as debaixo da cama”
Nem me arrisquei comprovar isso. Só fiquei olhando para cara dele. Havia algo dele muito familiar, eu só não sabia o que era. Ele levantou bem devagar e encostou contra a janela.
“Você quer saber o meu nome, não é?”- fiz que sim com a cabeça – “Me chamo Bruno”
Reparei que ele mexia muito com a mão enquanto falava e por fim percebi que ele tinha uma aliança na mão direita. Talvez ele tivesse uma necessidade constante ficar mostrando aquilo para todo mundo.
“Você parece novo para dirigir” – conclui
“Só pareço”
A porta do quarto se abriu e minha mãe entrou gritando com o meu pai e com o meu irmão. Ela me abraçou e me pareceu que ele ano notou o gesso, porque ela apertou muito o meu braço.
“Você está bem?” – juro que eu ia responder, mas ela não deixou – “Quantas vezes já disse para você olhar antes de atravessar?”
“Deixe-a respirar um pouco” – pediu meu pai retirando-a de perto de mim
Meu irmão ficou examinando o Bruno dos pés a cabeça, fechou a cara e se aproximou dele.“O que você estava fazendo que não viu ela?” – sério, delicadeza não é com o Marcos
“deixe de ser mal educado Marcos” - -pediu meu pai – “Você sabe que pelo que fomos avisados, sua irmã atravessou sem olhar para rua”
Coloquei minhas mãos entre as pernas e fiquei olhando-as enquanto eles discutiriam. Minha mãe não podia entender como eu, uma filha tão exemplar não olhou a rua antes de atravessar. Meu pai conversava com o Bruno para saber tudo o que aconteceu. E meu irmão, bom, ele sentou do meu lado na cama e pegou uma das minhas mãos e depois me abraçou.
“Que bom que nada de grave te aconteceu” – sussurrou ele no meu ouvido
Nunca cheguei a imaginar o Marcos tão sensível. Ele me fez prometer que seria o primeiro a assinar o meu gesso.Depois de muita conversa dos meus pais com o Bruno, uma enfermeira entrou e pediu para eles se retirarem. E para o meu desespero eu tinha de passar a noite ali, para ficar de observação.