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Quatro anos de felicidade!!!




sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Chuva de domingo.

Gritos ecoavam pela casa em alto e bom som enquanto eu me revirava na cama cobrindo-me com o cobertor esperando mais cinco minutos para me levantar. Sons de passos na velha escada de madeira podiam ser ouvidos, depois de um breve silêncio a porta de meu quarto foi aberta. Mônica parou no batente da porta observando alguns tufos de meu cabelo que podiam ser vistos fora do cobertor. Suspirando amargamente Mônica se arrastou até as janelas vitorianas puxando a cortina verde clara que encobriam os raios de sol.
Bufando retirei o cobertor de meu rosto sentando-me na cama esfregando os olhos irritados com a claridade. Com os olhos cerrados examinei os cantos do quarto procurando a culpa de seu sono interrompido. No canto da parede ao lado da janela Mônica encarava-me de braços cruzados esperando que eu me levantasse. Resmungando algo irreconhecível, me levantei da cama indo em direção ao banheiro.
- Você está atrasada Lina! – disse Mônica ao ouvir a porta do banheiro bater. – Deveria estar mais animada com o primeiro dia de aula. – continuou saindo do quarto – Meninas normais gostam do primeiro dia de aula. – completou entrando no quarto ao lado onde um garoto estava sentado na cama. – Vamos, saia da sai. – mandou Mônica puxando o edredom da cama.
Cielo deixou o quarto passando a mão no rosto em direção a escada enquanto Mônica dobrava o edredom na porta do quarto olhando para o banheiro, esperando Lina abri-la. Ela esperava que pelo menos a escola ocupasse novamente o vazio da mente de Lina. No fundo o arrependimento a matava lentamente por não ajudar sua filha a superar aquela perda. Era estranho saber que era Lina que se sentia tão mal com a morte de seu segundo marido e não Cielo que era filho legítimo dele.
A porta do banheiro abriu-se mostrando meu rosto cansado e pálido , causado por outra noite de insônia e choros. Passei por Mônica sem notá-la entrando em meu quarto que guardava recordações de Victor. Parando a frente da parede ao lado da cama, suspirei passando mão em uma capa de disco que Victor me dera meses antes do acidente. Desde aquele dia eu me apaixonara por aquela banda de rock dos anos 60 que nunca ouvira falar. Retray.
Desci as escadas correndo depois de me trocar, segurando em uma das mãos um caderno velho. Parei em seco na frente da mesa da cozinha que estava pronta para o café. Tomei um copo e suco num gole ainda de pé, pegando uma torrada e sai apressada pela porta da frente sem me despedir de Cielo ou da minha mãe.

Parei nos degraus da varanda respirando fundo o ar gelado da manhã tentando adivinhar o que as pessoas diriam durante o dia, enquanto um carro do século passado parou na frente da casa abandonada ao lado. Apertei o caderno contra o peito observando do outro lado da rua, Jenna se aproximar. Ao parar em minha frente me abraçou o mais forte que pode me deixando sem ar. Eu sabia que ela temia que eu chorasse dessa vez.
Naquele momento eu não queria nada a não ser voltar a infância. Correr feito louca e chorar tudo que estava dentro de mim sobre o colo de minha mãe e senti sua mão sobre meus cabelos ao tentar me acalmar. A dor de saber que tudo era culpa minha me matava a cada segundo que via algo que o lembrava. Diziam-me que precisava encarar os fatos e tentar lembrar exatamente o que acontecra naquela noite chuvosa de domingo e intender o meu lado da história.
O problema era que nem eu sabia o meu lado da historia. Nunca havia parado para pensar no que aconteceu naquele dia chuvoso das férias. Só conseguia lembrar de flash’s do que aconteceu. Estávamos na beira da estrada quando a chuva começou a cair; uma luz forte começou a se aproximar rapidamente; só pude ouvir um barulho alto e meu corpo se empurrado para a floresta ao lado da estrada. Depois senti meu corpo ser levantado e ser colocado dentro da ambulância enquanto vozes gritavam para que andassem rápido. Quem deveria andar rápido? Só depois de chegar ao hospital e passar horas dormindo, Mônica me contou o que houve. Assim perdi meu segundo pai. Devia ser castigo pelos meus pecados.

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Já contei que sou uma das novas moderadoras do Once Upon A Time?
Então deixa eu contar:
Gente sou a nova moderadora do Once Upon A Time!!!! Então façam o favor de participar!!!
Esse texto é só uma pequena parte de uma historia que criei meio modificada.

6 medos:

Gabriela Marques de Omena disse...

Noooooooossa que triste! Perder UM pai deve dor demais, imagine DOIS? :s
Parabéns pela oportunidade! Boa sorte como moderadora!
Como faz pra se tornar uma? eles apenas lhe chamam? hm.

E sobre escrever bem... Como ousa falar de mim? VOCÊ que escreve divinamente bem e ainda vem falar de mim... OIQUWIOUQOIWUQWQ Mas obrigada, isso me deixa motivada a escrever mais e mais. Mas você escreve muito bem! Adoro seus textos.
Até iria ler 'a culpa é do fresno', mas não consigo ficar lendo um blog com continuação a mto tempo... :( Prefiro ler livros, pego um dia só e o leio até cansar.

Beijos, obrigada como sempre pela visita. Sempre é bem-vinda lá.

Unknown disse...

Own *--* Pefeito Chris ><

Olha seu blog e assim maraa 8)

Tu escreveres muito bem, a organização do blog nem se fala!
e sobre os selos, tudo bem, vc merceu, podi postar assim que vc puder sem problemas.

beijãoooo

até mais meu anjo;*

gcavalcanti disse...

Primeira vez que eu venho aqui, mas já gostei muito. parabéns pela moderação, pelo texto e pelo blog em geral. (:

Atrevido disse...

Gostei muito do seu blog, interessante o texto. Já faz alguim tempo que lhe acompanho. Ei tem um selinho para vc la no meu blog. Xau...

Aqui tem Pilates disse...

Oie...
muito fofo seu blog..virei seguidora...=D

Aos 16 disse...

Nossa muito lindo o seu texto *-*' To te seguindo e parabéns por ser modera do Once Upon A Time!