·

Posso confessar uma coisa?
Amo todos vocês que leem, que acompanham meu blog e que o seguem.
Obrigado aos 206 seguidores pelo apoio que dão ao meu primeiro projeto!
Quatro anos de felicidade!!!




quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

diario de uma viajante - parte 2

Quinta – feira, 11 de dezembro
Dentro do carro

E foi quase assim que eu me sentia:
Jonas Brothers – Sorry
Corações partidos e ultimo adeus Noites sem descanso mas, canções de ninar Ajudam fazer essa dor ir embora Percebi que te magoei Te disse que estaria por perto Tentando ter forces só pra dizer Eu sinto muito Por quebrar as promessas em que eu não estava porperto pra cumprir
Está em mim Esta é a última vez que eu te imploro pra ficar Mas, você já está seguindo o seu caminho Cheio de culpa, cheio de dor Sabendo que eu devo ser culpado Por deixar seu coração na chuva E eu sei você vai embora E vai me deixar com o preço a pagar Mas antes de você ir eu queria dizer Que Eu sinto muito Por quebrar as promessas em que eu não estava porperto pra cumprir Está em mim Esta é a última vez que eu te imploro pra ficar Mas, você já está seguindo o seu caminho Não vou conseguir viver sozinho Mas se você tem que ir, então por favor garota
Só me deixe sozinho Pois eu não quero ver eu e você seguindo por caminhosdiferentes Estou implorando que você fique Se não for tarde demais Eu sinto muito Por quebrar as promessas em que eu não estava por perto pra cumprir Está em mim Esta é a última vez que eu te imploro pra ficar Mas, você já está seguindo o seu caminho
Jonas Brothers - Sorry


Isso é bem do meu pai: “Você sabe fazer amigos como ninguém.”
Em vez de ele tentar melhorar a situação, ele só piora. Até parece que ele não sabe que eu demorei um ano para fazer amigas por aqui. (É ainda estamos em nossa cidade). Parece que leva uma eternidade só para sair deste estado. É nos vamos mudar até de estado.
“Vai ser legal” disse minha mãe hoje quando eu terminava de empacotar minhas coisas.
Ninguém nunca me disse que seria legal largar os amigos (neste caso é apenas uma) e o resto da família. Será que ninguém nunca informou aos pais que adolescentes, principalmente na minha idade, odeiam mudar de lugar de uma hora para outra?
Pois, visualiza a situação, mas visualiza mesmo:
Eu toda desengonçada (é eu sou desengonçada, mas pulemos esta parte), chego para a Luisa e digo: “Desculpa! Mil desculpas foi bom ser sua amiga, mas eu vou mudar porque meus pais não dois lunáticos que não entende as pessoas.”
Tem cabimento uma coisa dessas? Não, não tem, mas eles entendem que uma coisa dessas tem que ser avisada com muita antecedência, como por exemplo, uns dois anos. Será que eles não entendem que o meu lugar é aqui neste estado? Eu até acho que não. Além do mais a maior culpa é do emprego do meu pai que até fez o favor de arranjar uma casa por lá.
Vai começar tudo de novo. Assim que eu estiver me sentindo bem (o que não será fácil), eles vão resolver se mudar de novo.
Eu fico imaginando como vai ser esse lugar.
Sente só:
Boi andando no meio da rua, as pessoas comprando o leite da vaca que é entregue em carroças, todos mascando um pedaço de palha, crianças com os pés sujos, sem asfaltamento e o pior um riacho que serviria para a diversão de toda a população daquele povoado.
É um total absurdo uma empresa mandar um de seus funcionários irem trabalhar em outro lugar que não seja onde mora. Será que é tão difícil arranjar alguém para trabalhar neste tal lugar? Melhor eu nem saber a resposta.
No ano passado vi a mesma coisa acontecendo com uma menina da minha rua. Eu nem falava com ela até a manhã em que ela se mudou. Ela me disse que o lugar para onde mandariam o seu pai era mais distante que o pólo norte (se é possível uma coisa dessas) e que não havia shopping por lá.
E se não haver shopping para onde eu vou? E se ninguém gostar de mim? E se realmente lá for um povoado com um bando de caipiras? E se lá não vender Avon? O que eu faço?
Embora que não posso dizer que certa pessoa viesse a fazer a mudança no meu lugar. Pobre Vitoria. Como gostaria que ela fosse morar no meio do mato. Talvez desse jeito ela talvez viesse a parar de implicar com as pessoas porque elas não compram Drakkar Noir para dar de presente. Mas, talvez ai ela passasse ainda mais a atazanar as pessoas de lá por causa disso.
Agora acho que estou fazendo uma boa ação às pessoas daquele povoado.
O mais interessante de tudo isso é que meu irmão Marcos nem liga para o que esta acontecendo (detalhe que ele tinha uma namora antes de sairmos hoje de manhã de casa).
Opa! Acabei de ouvir um barulho meio estranho. Parecia muito com alguma coisa estourando. Até parecia o pneu. Meu pai está estacionando o carro para ver o que era. Vai ser a coisa mais linda se tivermos que esperar aqui meu pai trocar o pneu.
Era o pneu.
Ai que furada!
Deve ser um sinal! Só pode ser um sinal. Um sinal para não irmos para aquele fim de mundo. To quase pulando de alegria dentro desse treco que meu pai insiste em chamar de carro. Só não faço isso porque minha mãe ta me olhando com aquela cara que ela faz quando acha que eu ou o meu irmão aprontamos alguma coisa. Ela deve estar achando que foi que sabotei o pneu.
Tentei não nego!
Acho que vai demorar umas duas horas para trocar o pneu do jeito que o coitado é meio magricelo.
Talvez da próxima vez eles pensem em pegar o avião para sair do estado e não tentar fazer uma viagem maluca de nove horas até o fim do mundo. Sairia mais caro, mas seria mais rápido. Bem mais rápido convenhamos.
Apesar de que se fossemos de avião, do jeito que eu dou sorte, era capaz de uma baleia sentar do meu lado e dormindo deixando sua cabeça que pesaria mais ou menos uma tonelada cair em cima de mim. Ainda bem que o Marcos é mais magro que o meu pai, assim ninguém sai esmagado no final das contas.
Você acredita que meu pai conseguiu se sugar de graxa ao trocar o pneu? Aonde ele achou a graxa eu não sei, só sei que o cheiro disso contagia o ar puro do carro é uma beleza. Bem, se fosse em um avião não deixariam nem ele entrar o que seria uma sorte. Acho que sorte não seria o caso porque minha mãe não o deixaria sozinho.
Acho que nessa hora Luisa diria que estou fazendo tempestade, porque ela acha que dramatizo muito as coisas. Bom, acho que ela faria a mesma coisa se fosse ela que estivesse se mudando.
Antes de entrar nesse caro mandei uma mensagem para Luisa dizendo adeus. Serio, não consegui dizer nada a ela sobre o assunto ontem a tarde e já como eu sou péssima em despedidas, juntei o útil ao agradável. Minha mãe achou horrível isso, mas acho que se eu fosse a Luisa não gostaria nem um pouco de receber um adeus por mensagem.
“Animo Briana!” disse o meu irmão que acabou de deitar a cabeça magricela dele no meu ombro. Retiro o que disse sobre ele ser super magro, a cabeça dele pesa a mesma coisa que uma cabeça totalmente normal.