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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Diario de uma viajante - Parte 16

Domingo, 21 de dezembro
HGCI

Acordei com olheiras terríveis no rosto. Se eu tivesse deixado as enfermeiras aplicarem o sedativo em mim, eu não estaria com elas. O café foi servido bem cedo e com ele veio minhas roupas lavadas. Graças a Deus que eles não vão me fazer pagar o maior mico de sair daqui como uniforme todo manchado de sorvete. Tratei de colocá-las assim que as vi. Uniforme em um domingo não fica legal.Enquanto eu comia a porta se abriu. Pensei que fossem meus pais, mas não era. Era uma enfermeira acompanhada pelo Bruno. Ele queria saber como eu estava.
“Não tive tempo de te pedir desculpas ontem” – disse ele justificando a vinda.
“Não era sua obrigação” – respondi – “Eu fui culpada”
“Nós dois somos culpados” – ele abriu as cortinas – “Eu estava no telefone, e se estivesse prestando a devia atenção, talvez você não estivesse aqui”
“Mas eu agradeço a você” – empurrei a bandeja do café e sai da cama encostando do lado dele na janela – “Meu primeiro braço quebrado” – disse levantando ele.
Ele riu.Ele ficou de costas para a janela encostado-se a ela com os braços cruzados e olhando para o teto.Eu estava na maior tensão. Olhei para fora e vi meus pais chegarem. Seria a última vez em que eu via o Bruno.
“Espero que você melhore” – desejou ele colocando a mão no meu ombro – “Talvez a gente se veja por ai”
Respirei fundo sentindo que já era. Então eu virei para vê-lo.
“Espero que não demore tanto – outra Briana aparecera, eu nuca diria uma coisa dessas. Me despediria o mais rápido possível – “Afinal você marcou minha vida” – conclui olhando para o gesso.
Sabe quando uma pessoa não sabe o que fazer? Ele ficou assim. Com razão! Parecia que eu estava dando em cima dele. Eu nunca tinha feito isso, então não posso afirmar que estava.Ele estendeu a mão direita! Esqueceu que eu não podia cumprimentá-lo assim. Tudo bem. Fiquei olhando para a mão dele, com aquela aliança para ver se ele se tocava. Quando se tocou era tarde de mais, meus pais entraram no quarto.
“Mãe!” - disse passando pelo Bruno para abraçá-la - “Pai!”Abracei-os bem forte, tentando esquecer que o Bruno estava ali, que era a última vez que eu o veria. Ele passou por nós e foi embora. Foi só.
“Podemos ir?” perguntou meu pai.Saímos daquele hospital. Eles me disseram que o Marcos e a Gabi estavam me esperando m casa com meus presentes.Quase não acreditei no que ganhei.Um São Bernardo lindo de morrer dos meus pais. Um cd novo do Metro Station dado pelo Marcos...
“Para compensar o que eu quebrei” confessou ele....
E uma t-shirt linderrima da Gabi.Nesse meio tempo eu até esqueci o Bruno.Para comemorar fomos até um restaurante chamado “Cópula de La Pendula”, italiano. Meu pai pediu a melhor mesa, e bolo de sobremesa. Seria um aniversario memorável. O lugar era agradável, a comida uma delicia, o atendimento sem comparação e o bolo... O que era aquele bolo?! O melhor da minha vida. E então meu pai pediu a conta.O garçom parou do meu lado e entregou a conta para o meu pai. Mas em vez de sair como todo bom e educado garçom faria, ele continuou ali plantado. Olhei para ver quem era e meu coração disparou.Era muita coincidência ou a minha sorte mudou completamente após o atropelamento. O próprio Bruno ali parado com uma caixinha na mão.
“Isso é pelo seu aniversario e pelo pedido de desculpas não aceito” disse ele me entregando a caixinha.
Meu pai fechou a cara na hora e quis saber que história era aquela de pedido de desculpas não aceito e começou o sermão do “não foi assim que eu te criei” até o Bruno interrompe-lo e explicar a história.Abri a caixinha e acho que meus olhos brilharam quando vi a pulseira que estava ali. Por fora um monte de pedrinha coloridas e por dentro, como ele mostrou depois, a data do acidente e o nome da rua.
“Assim será mais fácil de você se lembrar”
Eu havia achado o cara perfeito e não sabia. Acho até que nunca vou tirar aquela pulseira. Meus pais acharam que ele não precisa se importar tanto já que eu estava bem. Com o Marcos a história foi outra. E a Gabi... bom, ela achou ele um amooor de pessoa.

3 medos:

'cary. disse...

poxa, tá muuuuito legal esse texto e o de baixo também tá MUIITO mara, mas muito mesmo: eu comecei a ler, sem nem imaginar que você ia falar sobre o seu blog *-* amei de verdade...
PS. eu vi que você pediu ajuda com um blog novo da UOL e também que me convidou a participar da promoção Capricho: não sei se ainda dá tempo, mas saiba que se nao der mais a culpa nao foi minha não. eu ADOORARIIA participar, mas é que meu PC tinha quebrado...
beijos *:

Bruna Brasil disse...

QUE LINDO O SEU TEXTO! Sério, quando eu crescer quero escrever quem nem você *-* hihi. E porque você não escreve um livro, cara?

Bih disse...

nossa, que lindoooo! muito bom *-*
tem selinho pra você lá no blog, viu?