A noite finalmente chegou e meu desespero aumentava gradativamente conforme os ponteiros do relógio pareciam andar mais rápido em um complô contra mim. Definitivamente eu não estava preparada para escutar minha mãe gritar feito louca desvairada que "ele" havia chegado e que eu, pobre coitada, estava horrorosa com o cabelo desgrenhado, sem maquiagem e apavorada com o simples fato de que meu vestido acetinado godê com milhares de tules dando volume (sem contar que não tinha alça) não estava fechando justo hoje! Onde eu tinha uma grande chance de receber o meu primeiro beijo, acredite se quiser, aos 17 anos, de um garoto ultra-mega-power fofo e lindo chamado Lucas, em um baile de primavera do colégio.
Passei a semana toda em transe, parecendo uma bocó. Quero dizer, a ficha ainda não havia caído por completo e parecia que nunca ia cair. Fiquei a tarde toda relembrando daquele momento estranho, onde ele parou na frente da minha mesa de estudo na biblioteca e ficou remexendo nos meus livros para me chamar a atenção e assim que olhei, o cara mais lindo de toda a escola, que havia terminado um namora com a líder de torcidas no começo da semana me encarou com aqueles olhos azuis de morrer me convidando para ir ao baile do final de semana. O que mais me deixou assustada não foi o fato de ele chamar a garota mais invisível do colégio para o acompanhar no baile, mas sim dizer o nome dela, ou seja, ele sabia o meu nome!
Nunca pensei que isso fosse acontecer. Quer dizer, logo eu? Eu que nunca olhei diretamente para ele, que sempre desviei o caminho quando via ele vindo pelo mesmo caminho, que prendia a respiração quando ele estava na frente do meu armário me dando a chance de falar com ele uma ou duas vezes, para pedir licença, que pelo amor de Deus, não chega aos pés de qualquer uma nesse colégio no quesito "beleza ou interessante".
Desci as escadas receosa quando minha mãe me chamou, prendendo o ar para o vestido não abrir, tendo quase um ataque quando o vi no patamar da escada de costas segurando uma rosa vermelha na mão como se fosse deixá-la cair. Ao chegar ao patamar ele se virou fazendo meu sorriso sumir do rosto por completo.
- O que você está fazendo aqui Fê? - questionei nervosa
Eu esperando meu príncipe encantado e quem me aparece é meu melhor amigo.
- Tô te salvando de uma humilhação pública. - murmurou ele de olho na minha mãe que se afastava
- Do que você está falando? - perguntei agarrando seu braço
- O Lucas - começou ele bufando - , não irá com você ao baile esta noite, ele...
- O quê?! - exclamei estupefata
-Ele irá com Samanta Brookwood como todo mundo esperava. - respondeu ele - Eles voltaram há mais ou menos meia hora.
Senti meu mundo desabar enquanto me sentava na escada incrédula pelo o que acontecera. O que eu queria? Uma garota como eu nunca conseguiria sair com uma cara feito Lucas Stepheng, ou com alguém de sua laia. Agora eu poderia respirar sem medo do vestido se abrir, poderia desarrumar meu cabelo que ninguém o veria.
- É uma verdadeira pena você desarrumar seu cabelo. - disse Fê ajoelhando a minha frente - Porque eu gostaria muito de te levar ao baile. - completou me entregando a rosa.
sábado, 29 de agosto de 2009
Rosa da primavera
sonhado por: Chris às 14:13
Marca pagina: contos mal feitos, eu ganhei (por pura sorte), Once upon a time
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5 medos:
Tadinha, toda aflita! beijos
é como se eu me encaixasse nessa historia (:
AH AH AH AH AH que texto... LIIIIIIIINDO Chris *----*
nossa, eu adorei meeeeeesmo esse contoo *-------*
beijos *:
http://colunadacary.zip.net
Incomparável !!!*__*
Marie
[http://amoresesuspiros.blogspot.com]
5 e protno tah no top's
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