Meu dia não era dos melhores. Não estava para palhaçadas e lá estava ele curtindo com a minha cara mais uma vez. O que ele ganhava ao fazer isso? Não havia sentido algum, ele chegar agora, meses depois de ter me mandado passear e dizer que me quer de volta. O que ele pretendia com isso?
Abaixei lentamente contra minha vontade me desvencilhando de seus braços e peguei meu livro sobre o seu pé. Abracei-o para ter algo nos braços no caso de ter um acesso de fúria, mas nada me impediria de tentar enforcá-lo.
Voltei a me sentar sem olhá-lo mais uma vez. Minhas pernas tremiam e meu coração não pretendia voltar ao seu estado normal. Minha respiração estava falha e o ar não queria entrar em meus pulmões.
Eu queira ter ouvido essa frase antes. Antes de ter conseguido tirá-lo da cabeça, antes de conseguir odia-lo plenamente e a fingir que não o via mais. Fora tudo em vão. Não havia mais força em mim para lutar contra algo que não via. Não há como matar um sentimento. Não de repente.
Tampei o rosto com as mãos tentando resolver a situação. Queria socá-lo e mandar sumir da minha vida. Mas havia outra parte aqui dentro de mim que queria ter ele de volta ao meu lado quando me sentisse só e que me fizesse rir com as mais loucas histórias.
Me levantei tonta com meu veredito final. Seria o que tivesse de ser. Mas, como eu diria aquilo? Onde estava meu orgulho prórpio? Deveria ter morrido quando ele passou pela porta da minha casa dizendo que nunca mais voltaria.
Estava em um estado puro de loucura.
Meus lábios se abriram contra minha vontade prontos para dizer o que queria. Um suspiro foi dado e meus óculos voltaram a cair na ponta do nariz. Tirei-o, colocando sobre a mesa sentindo uma de suas mãos voltarem a me tocar.
Então seria isso? Depois de dizer algo finalmente o tormento acabaria.
- Mas, eu não quero voltar para você. - bradei estupefada - Não depois do que você me fez. Eu tenho um certo orgulho se você ainda não percebeu.
- É por isso mesmo que estou aqui. - disse ele - Pelo o que eu te fiz. Peço perdão. Mil vezes perdão. - pediu num sussurro - Sei que não é facíl esquecer o que aconteceu, mas eu também não consigo esquecer. Quero dizer, não consigo esquecer você. - disse por fim me encarando.
Não sei o que deu em mim. Sabia que iria me arrepender de cair na conversa barata dele. Mas, eu ainda sabia que ali dentro dele havia aquele coração bom incapaz de fazer mal, uma pessoa sincera e um ombro onde eu poderia chorar.
Meu corpo respondeu por mim. Aproximei-me dele e tudo que teria de ser dito foi esclarecido em um beijo que lhe dei. Eu era mais louca do que imaginava. Talvez fosse a coisa certa a fazer. Talvez meu coração estivesse me pregando uma peça.
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Estou meiO sentimental essa semana, então coisas meio que sem sentido tem saido de dentro de mim. Acho que fez sentido. Ou não.
7 medos:
Realmente, às vezes o nosso coração prega umas peças horriveis na gente... Mas temos que continuar e ver aonde isso vai nos levar. Adorei o post voce escreve muito bem mesmo! Tô seguindo!
Se puder, entra no meu? http://myownhappilyeverafter1.blogspot.com/
Beijoos
Que lindo, agente não escolhe a quem amar né?
É uma situação muito complicada, não sabemos se deixamos o orgulho de lado a arriscamos nos machucar novamente, ou sofrer sem a pessoa..
lindos seus textos :)
Ameii Chris *-*
poxa que chato, isso ta acontecendo em alguns blog, não sei se o problema e com o meu blog ou sei lá:s
sempre que quiser passe pro lá, geralmente tem novidades migs!
ai seu blog vo nem comentar que ta tipo amoroso esses dias s2
temos que seguir em frente, seja com for.
Às vezes a melhor atitude a se tomar é dita pelo coração. Eu, no lugar dela me arrependeria mais se tivesse terminado tudo ali. O orgulho vale muito menos do que certas recompensas que a falta dele pode trazer...
^^
a outra coisinha anjinho!
amo suas crônicas, sempre post algumas eu amoo *-*
bejos
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