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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Indepêndencia forçada


Quando era bem pequenina nunca imaginei que um dia saíria de casa e deixaria o conforto de meu quarto lilás, roupa lavada todo dia e comida de graça para ficar em um cubiculo meia-boca 2x2 pintado as pressas sobre cascas dislacerdas na parede e uma lâmpada amarelada.
Ao fechar a porta de casa essa manhã ainda não sabia no que estava me metendo. A única coisa que sabia era que tinha de provar aos meu pais que podia muito bem sobreviver sem eles, já que os últimos meses meus ouvidos sensíveis foram obrigados a escutar sérios desaforos quanto ao meu estilo de vida depreciativo comparado ao de uma vagabunda qualquer.
Procurei emprego as pressas como babá de uma menina de 2 anos desse mesmo prédio que rezo pra que não caia na minha cabeça enquanto durmo, arrumei uma mala com as roupas que vi na frente esquencendo completamente meus 'luxos' como notbook com internet, celular pós-pago, iphone, chapinha e coisas comuns como, escova de dente, xampu, chinelo. Deixaria aquela vida para trás e viveria como eu pudesse.
Uma indepêndencia da vida de meus pais estava esperando para acontecer fazia tempo e agora olhando os 2 metros quadrados deste moquifo me pergunto se era necessario já que mal acabei o ensino médio e nem sei cozinhar um ovo direito. Diziam que eu queimava até água.
Meu namorado vivia dizendo que era muito mimada e que precisava ver a vida com novos olhos, os olhos de alguém que luta pra conseguir o que quer e que não pede para que o pai traga de sua viagem a negócio no outro lado do mundo.
Se ver com novos olhos significa morrer de fome, usar a mesma roupa trê dias seguidos por falta de alguém que as lave e dormir no chão duro, prefiro mil vezes escutar os desaforos de meu pai.
Mas ele não sabia do que estava falando. Não é ele que está preste a dar à luz a uma linda garotinha e para poder dar algo a esse teria de cuidar de outra. Aonde ele está agora que preciso dele? Pra ele foi facíl fugir da responsabilidade enquanto eu estou tentando não chorar e aprender com meus erros. Essa foi uma terrível decisão, ter de deixar minha mãe, minha casa para sentir na pele o que muito jovens passam por aí quando não possuim o apoio de seus pais.
Não sei como será minha vida quando fechar a porta e passar a chamar isso aqui de lar, também não sei o que será da minha filha daqui cinco meses.
Da única coisa que posso ter certeza daqui pra frente é que terei de me virar para dar a essa pequinina algo de que senta orgulho o suficiente para me chamar de mãe.

6 medos:

Mariana D. disse...

Interessante o final. Ela s´ saiu de casa por estar grávida?

Clara disse...

Gravidez na adolescência é fogo... É pensando em histórias como essa que as pessoas everiam se cuidar melhor, evitar esse tipo de 'erro' dramático. Sinto pena de meninas que engravidam e não contam com os apoio dos pais, mas é o preço da irresponsabilidade. Um estilo de vida diferente e autêntico não tem que implicar em fazer loucuras com a própria vida, isso é imaturidade.

Ana Carolina Lima disse...

shoe, o texto :*

Cadinho RoCo disse...

Não abra mão do amor e sua força estará sempre estimulada a enfrentar e superar as adversidades da vida.
Cadinho RoCo

Bel disse...

Oi
Primeira vez aqui!
descobri mais uma fã de crepusculo, MARA, amo essa serie de paixão e apesar de seu blog ser simples é muito bonito e digamos assim aconchegante...
Adorei o livro, bem a primeira parte...Esou curiosa sobre os textos nesse momento não tenho tempo mas quero ler pelo menos os ultimos....
tenha muiot sucesso, Voltarei aqui sempre que puder!!

Bjs bjs

Tadeu disse...

Excelente texto, você escreve com maestria.
Vou seguir seu blog. beijos :*