Lá estava nosso carro no estacionamento, um chevy azul, coberto com fãs histéricas sendo empurradas por inúmeros guarda-costas. Respirei fundo ao sentir minha mão ser apertada por ela. Olhei uma última vez e corri para o carro puxando-a. Um dos guarda-costas abriu espaço abrindo a porta da frente, onde pulei para dentro cheio de euforia sendo seguido por ela.
Ao ligar o carro a multidão de fãs loucas berrando foi sumindo da minha frente. Olhei pelo retrovisor Budd, Jenx, Fang e Sony se arrumando no banco de trás enquanto dava a partida. Saí pelos portões do estacionamento do estádio cantando pneu entrando na auto-estrada. Estava vazia e silenciosa como sempre. Jullie ligou o rádio em uma estação onde tocavam nossa musica.
- Ah, não! – reclamou Jenx aparecendo no meio dos bancos para mudar de estação – Eu não agüento mais nossa músicas. Desculpe. – contou arrumando o rádio. – Pronto! – exclamou feliz ao achar uma estação de música clássica, sentando-se novamente.
- Que porcaria é essa? – perguntou Fang – Jenx pelo amor de Deus, muda esse gosto musical. Não tem nada a ver você tocar rock e escuta musica clássica.
- Quer saber o que realmente o que não tem nada a ver? – perguntou Jenx virando-se apara Fang
- Hã, o que? – questionou Fang.
- Essa sua cara feia. – respondeu ela se afundando no banco.
- Hei! – bradei – Chega! Agora não é hora de ficar discutindo.
Segurei a mão e Jullie discretamente sobre a emenda dos bancos. Encarei por uns dois segundos quando escutei os gritos de Jenx e vi uma luz vir em nossa direção. Virei o volante rapidamente sentindo em seguida um solavanco e tremores com gritos estridentes de Jullie ao meu lado. Me sentia zonzo sem poder me mexer. Meu corpo estava dolorido, preso no banco e meu braço direito molhado. Gemidos entravam pelo meu ouvido enquanto o carro parava de rodar em meio à escuridão e parar sobre uma pressão enorme no meio do silêncio. Minha cabeça estava latejando e não conseguia me mover, suspirei exausto de tentar sair do banco. Olhei pelo vidro do carro e não via nada além da escuridão. Foi então que percebi que o carro estava de cabeça para baixo e ao meu lado Jullie sangrava muito. Aos poucos pude ouvir as vozes do resto da banda se queixando de dores, mas ela continuava em silêncio.
Isso não poderia estar acontecendo comigo, não podia. Porque isso aconteceria comigo logo no dia mais feliz da minha vida? Minha mente berrava desesperadamente por algo que me comprovasse que ela estava bem, mas nada me mostrava isso. Sua blusa estava manchada de sangue e seu rosto estava caído sobre a janela. Forcei meus dedos esticando-os até sua mão ali ao lado. Encostando nela meu coração bateu mais forte percebendo que tudo acabara, ela estava gelada. Há quanto devíamos estar ali? Como eu ia viver sabendo que o que estava acontecendo era absoluta culpa minha?
Corri os olhos pela frente do carro me apavorando ao ver um pedaço de vidro encravado em meu peito na direção do coração. Agora podia me sentir melhor, também iria morrer. Talvez Deus estava nos dando algo maior do que podia imaginar. Mas, como o corte não sangrava mais se minha roupa estava ensopada de sangue assim como todo o banco dianteiro?
Meus ouvidos assustaram-se ao ouvir sirenes de ambulância. Finalmente ajuda chegava, finalmente. Respirei calmo tentando soltar meu cinto, parando ao ver que todos ali atrás de mim estavam pálidos e as baquetas de Budd presas no corpo de Sony e Jenx enquanto olhavam para mim ofegando.
- Tony. – sussurrou Jenx – Eu, eu...não morri. – disse examinando suas mãos brancas. – Mas meu coração não bate mais e dói. Do muito. Um milagre. – concluiu ofegando
- E eles? – perguntei soltando o cinto.
Ela olhou para eles se fazer esforço para se levantar. Fechou os olhos e respiro fundo.
- Estão bem. – respondeu olhando pela janela vendo a ambulância se aproximar – Estão vivos, respiram.
Assenti fechando os olhos deixando minha cabeça cair. Meus olhos ficaram marejados e em segundos as lagrimas caiam involuntariamente vendo a desgraça que havia feito. Apenas Jullie. Porque tinha de ser ela e na eu?
- Eu-eu a mate-tei. – gaguejei – Eu.
Arranquei o vidro do meu peito vendo um rasgo em meu peito se fechar pelo furo na camisa. O vidro saiu sem nem uma única gota de sangue. Cheio de dores sai do carro e cai de joelhos escondendo meu rosto entre as mãos com um grito entalado na garganta. Uma mão passou sobre meu ombro me fazendo secar as lagrimas com o punho. Ouvi grunhidos de Fang que saia do carro com as roupas esfoladas. Todos eles estavam ao meu lado observando as viaturas chegarem perto de nós. Me levantei me virando para o carro tentando decidir o que fazer. Coloquei a mão sobre o carro e sussurrei as palavras que mais disse aquela noite: “Te amo”. Dei uma última olhada a minha volta e corri para longe dali lutando contra dor de perder quem mais amei, jurando que nunca mais deixaria isso acontecer comigo, jamais deixaria o medo me vencer e levar com ele quem amasse. Isso se meu coração conseguisse bater mais forte por outro alguém.
Jullie era insubstituível.
Ao ligar o carro a multidão de fãs loucas berrando foi sumindo da minha frente. Olhei pelo retrovisor Budd, Jenx, Fang e Sony se arrumando no banco de trás enquanto dava a partida. Saí pelos portões do estacionamento do estádio cantando pneu entrando na auto-estrada. Estava vazia e silenciosa como sempre. Jullie ligou o rádio em uma estação onde tocavam nossa musica.
- Ah, não! – reclamou Jenx aparecendo no meio dos bancos para mudar de estação – Eu não agüento mais nossa músicas. Desculpe. – contou arrumando o rádio. – Pronto! – exclamou feliz ao achar uma estação de música clássica, sentando-se novamente.
- Que porcaria é essa? – perguntou Fang – Jenx pelo amor de Deus, muda esse gosto musical. Não tem nada a ver você tocar rock e escuta musica clássica.
- Quer saber o que realmente o que não tem nada a ver? – perguntou Jenx virando-se apara Fang
- Hã, o que? – questionou Fang.
- Essa sua cara feia. – respondeu ela se afundando no banco.
- Hei! – bradei – Chega! Agora não é hora de ficar discutindo.
Segurei a mão e Jullie discretamente sobre a emenda dos bancos. Encarei por uns dois segundos quando escutei os gritos de Jenx e vi uma luz vir em nossa direção. Virei o volante rapidamente sentindo em seguida um solavanco e tremores com gritos estridentes de Jullie ao meu lado. Me sentia zonzo sem poder me mexer. Meu corpo estava dolorido, preso no banco e meu braço direito molhado. Gemidos entravam pelo meu ouvido enquanto o carro parava de rodar em meio à escuridão e parar sobre uma pressão enorme no meio do silêncio. Minha cabeça estava latejando e não conseguia me mover, suspirei exausto de tentar sair do banco. Olhei pelo vidro do carro e não via nada além da escuridão. Foi então que percebi que o carro estava de cabeça para baixo e ao meu lado Jullie sangrava muito. Aos poucos pude ouvir as vozes do resto da banda se queixando de dores, mas ela continuava em silêncio.
Isso não poderia estar acontecendo comigo, não podia. Porque isso aconteceria comigo logo no dia mais feliz da minha vida? Minha mente berrava desesperadamente por algo que me comprovasse que ela estava bem, mas nada me mostrava isso. Sua blusa estava manchada de sangue e seu rosto estava caído sobre a janela. Forcei meus dedos esticando-os até sua mão ali ao lado. Encostando nela meu coração bateu mais forte percebendo que tudo acabara, ela estava gelada. Há quanto devíamos estar ali? Como eu ia viver sabendo que o que estava acontecendo era absoluta culpa minha?
Corri os olhos pela frente do carro me apavorando ao ver um pedaço de vidro encravado em meu peito na direção do coração. Agora podia me sentir melhor, também iria morrer. Talvez Deus estava nos dando algo maior do que podia imaginar. Mas, como o corte não sangrava mais se minha roupa estava ensopada de sangue assim como todo o banco dianteiro?
Meus ouvidos assustaram-se ao ouvir sirenes de ambulância. Finalmente ajuda chegava, finalmente. Respirei calmo tentando soltar meu cinto, parando ao ver que todos ali atrás de mim estavam pálidos e as baquetas de Budd presas no corpo de Sony e Jenx enquanto olhavam para mim ofegando.
- Tony. – sussurrou Jenx – Eu, eu...não morri. – disse examinando suas mãos brancas. – Mas meu coração não bate mais e dói. Do muito. Um milagre. – concluiu ofegando
- E eles? – perguntei soltando o cinto.
Ela olhou para eles se fazer esforço para se levantar. Fechou os olhos e respiro fundo.
- Estão bem. – respondeu olhando pela janela vendo a ambulância se aproximar – Estão vivos, respiram.
Assenti fechando os olhos deixando minha cabeça cair. Meus olhos ficaram marejados e em segundos as lagrimas caiam involuntariamente vendo a desgraça que havia feito. Apenas Jullie. Porque tinha de ser ela e na eu?
- Eu-eu a mate-tei. – gaguejei – Eu.
Arranquei o vidro do meu peito vendo um rasgo em meu peito se fechar pelo furo na camisa. O vidro saiu sem nem uma única gota de sangue. Cheio de dores sai do carro e cai de joelhos escondendo meu rosto entre as mãos com um grito entalado na garganta. Uma mão passou sobre meu ombro me fazendo secar as lagrimas com o punho. Ouvi grunhidos de Fang que saia do carro com as roupas esfoladas. Todos eles estavam ao meu lado observando as viaturas chegarem perto de nós. Me levantei me virando para o carro tentando decidir o que fazer. Coloquei a mão sobre o carro e sussurrei as palavras que mais disse aquela noite: “Te amo”. Dei uma última olhada a minha volta e corri para longe dali lutando contra dor de perder quem mais amei, jurando que nunca mais deixaria isso acontecer comigo, jamais deixaria o medo me vencer e levar com ele quem amasse. Isso se meu coração conseguisse bater mais forte por outro alguém.
Jullie era insubstituível.
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Bom, faz um tempo que comecei esse conto-historia-livro e não tive a capacidade de postar a continuação.
5 medos:
oi cris... ta lindo o texto, o blog tb... bjs
adoro contos...ainda mais recheados de drama.
Aguardo mais capitulos.
=]
tudo lindo, o conto tá indo muito bem (:
ai que lindo, adorei
isso me lembro uma musica: coração gelado to apaixonado é tanta paixaao qe nao da pra expliica (8)'
ooi, desculpa pelo mal entendido no blog da bloinques. eu fui copiando e n notei. n precisa ter a frase, basta apenas a imagem, ser a inspiração.
e siim, pode ser postados textos que foram feitos antes da edições. :)
desculpa.
beijinhos.
moderação bloinquês.
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