Lá estava eu com a maior cara de bocó babando ao lado da minha melhor amiga enquanto assistiamos a um jogo de futibol do pai dela no campinho da cidade. Meu coração disparava ao ver ele, o pai dela, correr pelo campo sem demonstrar sequer um sinal de cansaço. Luna nunca soube que eu tinha uma quedinha pelo tio Marcos. Sentadas ali na grama na beirada do campo Luna se mostrava entediada com aquilo, mal sabia ela que adorava quando ela me ligava as presas, a beira de um pití porque o pai a levaria ao jogo dos seus amigos.
- Nem sei como te agradecer, Mah. - disse Luna olhando o céu em um voz de cansada.
- Agradecer pelo que? - perguntei encarando-a.
- Por você sempre vir comigo a essa droga de jogo. - repondeu ela apontando para o campo - Não sei como você aguenta ficar aqui.
- Luna, não seja tonta. A quanto tempo os conhecemos, quinze anos? Nesse meio tempo esperava que você soubesse que faria qualquer coisa por você.
- O.k! - riu ela fitando seus pés esticados na grama enquanto um som de apito era dado em meio de campo mostrando ofim do jogo.
Aquela era a parte que eu mais gostava do jogo. Quando o tio Marcos se aproximava ofegante e retirava a camisa na nossa frente. Ele se ajoelhou na frente de Luna bagunçando o cabelo molhado de suor. Eu não conseguia entender porque a tia Mel fugiu com outro cara, sendo que aqui a minha frente estava o homem perfeito.
- Quer tomar sorvete? - peruntou tio Marcos a Luna - Pegue dinheiro ai na minha bolsa e traga três picolés para nós.
Luna abriu a bolsa azul ao seu lado retirando a carteira do pai, pegou dinheiro e saiu até o carinho de sorvete próximo a arquibancada de madeira branca do outro lado co campo. Tio Marcos pegou a garrafa de água e jogou o seu conteúdo sobre a cabeça.
- E aí Mah, como vão os estudos? - perguntou ele olhando o chão.
- Bem. - respondi sem olhá-lo. - O senhor não cansa desses jogos?
- Porque me cansaria? - questionou sentando-se ao meu lado - É ele que tira os probelmas da minha cabeça.
- Que problemas o senhor poderia ter?
- Vamos combinar uma coisa? - pediu ele me olhando - Você pode me chamar de você, senhor me deixa com cara de velho. E se você fosse pai solteiro ia descobrir o que uma pessoinha da sua idade faz comigo.
Olhei para o céu que estava se fechando para a noite sentindo meus cabelos voarem com a brisa. Podia ver Luna do outro lado do campo reclamando com o moço do sorvete. Olhei para o lado e vi ti Marcos deitado de olhos fechados. Eu poderia cometer uma loucura nesse momento, mas ele era tão lindo, gostava de falar e Luna nunca me perdoaria se descobrisse o que eu faria. Me debrussei sobre ele sentindo seus lábios nos meus. Senti meu corpo ser impurrado com força para trás e ele se sentar.
- Você é louca menina? - bradou ele. - Eu sou o pai da sua melhor amiga!
- Grande coisa! - respondi me aproximando.
-Grande coisa o escanbau! - exclamou se levantando - Eu poderia ser seu pai!
- Graças a Deus que não é. - ri. - Me diga qual é o problema. Tem muitos caras por ai da sua idade que ficam com meninas como eu.
- Eu sou o pai da tua amiga!- bradou ele mais uma vez - Tenho vinte anos a mais que você!
- E? - questionei me levantando - Tio Marcos, eu sou bonitinha, e fiu expulsa das líderes de torcida por ser flexível de mais. - sussurrei no ouvido dele observando Luna ainda conversando com o sorveteiro.
Ele ficou me encarando por alguns segundo enquanto eu sorria. Ele baixou a cabeça e me segurou pelos ombros.
- Presta bem a atenção. - pediu ele - Eu sou mais velho, bem mais velho. Essa é a principal diferença entre nós.
- E se não fosse mais velho? - questionei olhando em seus olhos. - Você ficaria comigo. - conclui beijando outra vez.
Sentia meu coração quase saltando do peito. Sabia perfeitamente quando conseguia o que queria. Olhei-o mais uma vez sorrindo. Ele sorria também, pelo mais estranho que parecesse. Agora pudia ver Luna se aproximar de cabeça baixa com três picolés nas mãos. Sentei-me aonde estava esperando-a chegar. Os olhos dele não se desviavam de mim. Por fim ele se abaixou e pegou a bolsa azul colocando-a nos ombros.
- Te pego na sua casa as oito para conversarmos. - disse ele se afastando.
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Dessa vez acho que exagerei no tamanho do texto. nem sei se alguém vai conseguir lê-lo enteiro.
usei uma frase que achei muito engraça no filme 17 again.
Só pra avisar que fiquei em segundo lugar na edição 51 do blorkutando
e em primeiro no once upon a time da edição 9 com o texto :brasil-x-argentina.
e em segundo na edição 10 com este aqui.
4 medos:
você escreve muito beem xD parabéns por ficar em 2º e em 1º lugar nos blogs xDDD
Primeiro, parabéns pelas vitórias!
Ah, nem ficou grande esse teu conto - ficou ousado, hehe.
Mas ficou legal, xP.
Beijo.
Uau que texto, a sei lá, muito mais velho não rola, muito menos pai de amiga, agora se fosse um solteiro, sem filhos, e que valesse muito a pena, enfim, um caso a pensar.
Adorei o novo layout.
:)
Não exagerou no tamanho, não! Ficou bom.
Adorei o conto.
Beijos.
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